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Cuidados e saúde intestinal em eqüinos

29/06/2013

 

Eqüinos são animais únicos, apresentam particularidades digestivas que os diferem da maioria das outras espécies, sejam onívoros ou ruminantes. O aparelho digestivo superior tem a capacidade de digerir e absorver com eficiência amidos, gorduras e proteínas exigindo na dieta fontes disponíveis de açúcares e fibras de qualidade via grãos e forragens, lipídios e ácidos graxos de cadeia longa que representam fonte importante de energia com participação em  diversas funções orgânicas que vão desde aparência da pelagem até o desenvolvimento corporal, como é caso o acido linolênico (omega 3). As proteínas devem ter qualidade, pois a maioria dos aminoácidos  devem estar presentes na  dieta, assegurando a formação e manutenção da massa muscular do animal, ênfase especial aos aminoácidos limitantes entre outros a lisina.

 

O conhecimento da ecologia da microflora do intestino de eqüinos bem como os fatores envolvidos são fatores importantes no processo digestivo, assegurando e evitando-se o acúmulo de bactérias e fungos prejudiciais produtores de toxinas.  A microbiota normal induz a diversas mudanças na anatomia e fisiologia da parede intestinal através de uma ação eutrófica dos microorganismos existentes, que  produzem ácidos graxos de curta cadeia (ácidos graxos voláteis), por fermentação da fibra não digerida no trato  digestivo superior. Como benefícios da atividade da microflora ocorrem uma série de vantagens a saúde do animal como:  aumento  da capacidade digestiva, proteção e defesa contra a ação de patógenos pela acidificação via AGV,  aumento de tecido linfóide e estímulo imunológico a formação de imunoglobulinas (IgA). Estímulo a  produção de muco; aumento da a capacidade de absorção e vascularização intestinal (células de Paneth) e ima importante produção de substancias que inibem ou matam patógenos , as defensinas.

 

Atualmente o uso de probióticos e prébióticos na nutrição eqüina é crescente e constitui importante ferramenta de incremento a saúde intestinal, diversos trabalhos e pesquisas demonstram que o estímulo da flora estabelece uma ecologia desejável e benéfica, evitando-se microorganismos patógenos (clostridium e outros) bem como os  seus efeitos deletéricos. Ocorre melhoria na digestibilidade e  aproveitamento da dieta pelo maior número de bactérias celulolíticas, estímulo ao tecido linfóide imune ligado ao intestino, com ótimos resultados em dietas de recuperação onde a integridade das mucosas é rapidamente restabelecida, com reflexos diretos na  saúde animal. Diversos trabalhos que comprovam a melhoria da digestão dos nutrientes com a utilização destes aditivos na dieta  tem sido publicados,  grande parte enfatizando  aumento de digestibilidade da  fração fibrosa da dieta . Pesquisas referem a ação de probióticos já no aparelho digestivo superior evidenciando alguma  atividade digestiva e proteção contra microorganismos indesejáveis. Desta forma, o somatório de uma dieta equilibrada, presença de nutrientes associados ao  equilíbrio da ecologia intestinal têm efeitos diretos  na saúde animal. 

 

Professor Doutor Flemming

 

  • Graduação pela Universidade Federal do Paraná(1972)
  • Mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1978)
  • Doutorado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Paraná(2005)
  • Atualmente é professor doutor titular aposentado da Universidade Federal do Paraná
  • Experiência na área de Zootecnia e Tecnologia de Alimentos com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentação de monogástricos (aves, suínos, equinos e pet)
  • É Consultor na área de biotecnologia aplicada a alimentação e nutrição animal.

 

 

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